AQUISIÇÃO DAS VBC DAAe GEPARD 1 A2
1º Ten Egberto - 6ª Bia AAAe AP
Figura 1: VBC DAAe GEPARD 1 A2
A 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda Inf Bld), altamente móvel, com um alto poder de fogo e alta eficácia no combate convencional terrestre, ressentia-se de não possuir o Sistema Operacional Defesa Antiaérea em condições plenas para fazer frente a ataques aéreos de helicópteros e aeronaves na faixa de baixa altura (até 3000m).
A referida carência foi suprida com a aquisição da Viatura Blindada de Combate de Defesa Antiaérea (VBC DAAe) GEPARD 1A2. Essa aquisição faz parte do Projeto Estratégico do Exército – Defesa Antiaérea, tendo como objetivo mobiliar as Brigadas Blindadas do EB com uma defesa antiaérea compatível com o material, tanto em mobilidade e proteção blindada, quanto em facilidade de apoio logístico, tendo em vista o carro possuir chassi semelhante à Viatura Blindada de Combate – Carro de Combate (VBCCC) LEOPARD 1 A5 BR.
A 6ª Bateria de Artilharia Antiaérea Autopropulsada (nova designação após o recebimento do referido blindado), subunidade orgânica à 6ª Bda Inf Bld, receberá, até o final de 2015, dezesseis GEPARD e um conjunto de simulação. O Gepard é um sistema de armas autônomo (consegue detectar, identificar, acompanhar e engajar alvos de forma independente), com alta mobilidade, pequeno tempo de reação e capaz de fazer frente a uma variada gama de ameaças, sejam elas aéreas ou terrestres. Ele possui dois canhões 35 mm, cada um com uma cadência de 550 tiros por minuto, um radar de vigilância para monitorar o espaço aéreo com alcance de 15 km e um radar de tiro para acompanhamento automatizado dos alvos. Quanto ao simulador, tem a capacidade de treinar até seis guarnições simultaneamente, executando as sessões de instrução de forma independente ou em rede.
No que tange à capacitação de recursos humanos para operação e manutenção dessas viaturas, quatro militares da 6ª Bia AAAe AP participaram do Curso de Capacitação para o Emprego do Sistema de Armas Antiaéreas GEPARD em Hardheim, na República Federal da Alemanha e, juntamente com mais oito militares transferidos para a bateria no ano de 2014, estão aptos para o emprego do material. Quanto aos mecânicos de chassi, torre e eletrônica, estes serão capacitados na Alemanha no ano de 2014.
Fruto dessa aquisição, a 6ª Bia AAAe AP será transferida para a região do “Boi Morto”. Os novos pavilhões irão ocupar áreas do 1º Regimento de Carros de Combate (1ºRCC) e do 6º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado (6º Esqd C Mec), aproveitando a infraestrutura do Projeto LEOPARD e o apoio em manutenção e instrução do Centro de Instrução de Blindados. Atualmente os GEPARD contam com o apoio do Parque Regional de Manutenção da 3ª região Militar (PqRMnt/3) no intuito de concluir o recebimento definitivo do material e, também, executar a manutenção preventiva.
Figura 2: Militares da 6ª Bia AAAe AP durante o curso de capacitação na Alemanha (esq. para dir.): 2º Sgt Poershcker , 1º Ten Picardo, 1º Ten Egberto e 3º Sgt Moro
NOVA TORRE 155 mm PARA A FAMÍLIA CENTAURO
Figura 3: Centauro exposto na Eurosatory 2012
Foi exibido na Eurosatory 2012 o protótipo de uma torre 155 mm montado sobre o chassi da viatura Centauro 8x8.
O novo sistema de artilharia está sendo chamado de Centauro 155/39 LW Porcupine (porcoespinho). Desenvolvido pela Iveco e Oto Melara, o projeto é financiado pelo Ministério da Defesa italiano e se destina a prover apoio de fogo para as brigadas Centauro Tank Destroyers.
O sistema é equipado com o obuseiro 155 mm de 39 calibres denominado FH70, montado em uma torre não tripulada. Conta ainda com um sistema de carregamento automático, com taxa máxima de até 8 tiros por minuto. Esse sistema também é capaz de realizar até 4 disparos em diferentes trajetórias e impactar um único alvo simultaneamente. O obuseiro tem autonomia para efetuar até 15 disparos.
Além de disparar todos os projéteis 155 mm padrão OTAN, o obuseiro também é compatível com o projétil de longo alcance Volcano, munição recém desenvolvida pela Oto Melara, que tem um alcance máximo de até 60 Km, guiado ou não guiado, permitindo engajar alvos a longa distância.
Figura 4: Sistema de armas remotamente controlado
Uma estação de armas remotamente controlada também pode ser montada na torre, que conta ainda com quatro lançadores de granadas em cada lado. Pesando aproximadamente 25 toneladas, o “porco-espinho” é guarnecido por quatro homens.
Figura 5: Centauro 155/39 LW Porcupine
EXÉRCITO AMERICANO TESTA NOVO STRYKER EQUIPADO COM DVH (DOUBLE–V HULL)
Figura 6: VBCI Stryker 8X8 M126 equipado com DVH
O exército norte-americano está avaliando o novo processo de adição de duplo casco em “V” (double-V hull) para a VBCI 8x8 M126 Stryker em utilização naquele país, considerando futuras opções para melhoria da frota.
A General Dynamics Land Systems (GDLS), em conjunto com o exército norte-americano, apresentou à imprensa as primeiras VBCI que tiveram seu casco modificado para DVH. O exército afirmou que o design oferece uma melhor proteção do casco que o modelo fundo chato (flat-bottom), pois esse modelo não oferece proteção adequada contra minas terrestres e IED (improvised explosive devices - dispositivos explosivos improvisados), ameaças que são prevalecentes no Afeganistão.
O Stryker DVH utiliza um casco em V, inspirado no mesmo tipo de casco inferior utilizado pelas viaturas MRAP desenvolvidas para as forças armadas norte-americanas, inicialmente para utilização no Iraque e posteriormente no Afeganistão.
Segundo o vice-presidente da GDLS, a encomenda representa Stryker suficientes para equipar duas brigadas completas, além de peças e veículos de treinamento, o que iria atender a exigência momentânea do exército.
Os Stryker remanescentes com o casco de fundo chato que retornarem do Iraque e do Afeganistão deverão, também, ser modificados e migrar para o padrão DVH, a fim de equipar uma terceira Brigada, assim que oficiais americanos confirmarem a viabilidade financeira do projeto, tendo em vista que seria necessário um total de US$ 457 milhões.
O que é casco duplo em V
É uma blindagem instalada na parte inferior da viatura (casco) em formato aproximado da letra V. Permite defletir a explosão para as laterais, juntamente com uma suspensão elevada, o que aumenta a distância entre o veículo e o artefato explosivo. Funciona como proteção passiva adicional, diminuindo significativamente as baixas em combate.
Não há dados concretos sobre as características específicas dos materiais utilizados na blindagem adicional que os Stryker vão receber, mas sabe-se que as viaturas MRAP mais recentes receberam blindagem em camadas com compostos cerâmicos a base de carboneto de silicone.
O casco duplo em V no Brasil
No Brasil, a VBTP MR 6x6 Guarani é equipada com o mesmo sistema de proteção. Uma das desvantagens desse sistema consiste no aumento da altura do centro de gravidade, o que, aliado ao peso elevado, aumenta o risco de capotamentos, tendo em vista que a VBTP pode alcançar até 95 Km/h. Com isso, é necessária uma condução controlada, a fim de minimizar os riscos.
Há previsão, ainda, do emprego do sistema CTAS na viatura de reconhecimento 6x6 Jaguar, do exército francês.
Figura 7: VBTP MR Guarani equipada com DVH
MARINHA DO BRASIL RECEBE MÍSSIL AC TOTALMENTE NACIONAL
Figura 8: MSS 1.2 AC e seu lançador
O corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (CFN) recebeu em novembro de 2012 as primeiras unidades do lote piloto dos sistemas de armas do míssil superfície-superfície anticarro MSS 1.2 AC, de médio alcance, fornecidos pela MECTRON, empresa nacional da Organização Odebrecht.
O MSS 1.2 AC é um sistema de armas superfície-superfície, anticarro, guiado a laser, com alcance de cerca de 3 km. O sistema de guiagem a laser permite direcionar o míssil mesmo após o seu lançamento, acompanhando a trajetória do alvo. O sistema pode também ser lançado através de paraquedas. Para operações noturnas a unidade de tiro possui uma câmera de visão noturna.
O pacote inclui ainda um simulador de tiro, que consiste em um conjunto de equipamentos eletromecânicos computadorizados que possibilitam capacitar os operadores tanto em sala de aula quanto em campo, pois proporciona as mesmas condições reais de rastreamento de alvo e lançamento do míssil. Simulando até efeitos como ruído de lançamento, fumaça do primeiro estágio do motor e choque mecânico, o que maximiza a sensação de estar em condições reais de combate.
O posto de tiro inclui um tripé que incorpora um sistema ótico, o tubo lançador e o próprio míssil. A unidade de tiro é operada por dois elementos, atirador e municiador, e tem um peso de 28 kg (míssil e tubo lançador pesam 23 kg). O míssil incluí a cabeça de guerra do tipo carga oca e tem um calibre de 130mm, mede 1,5 metros de cumprimento. Seu alcance efetivo de até 3.700 metros sendo capaz de penetrar aço blindado com cerca de 570mm de espessura. O guiamento do míssil em direção ao alvo é realizado por um feixe laser provido pela unidade de tiro.
O sistema MSS 1.2 AC poder ser integrado em veículos de rodas blindados ou não blindados, permitindo-lhe uma maior mobilidade de operação.
Figura 9: MSS 1.2 AC montado em Vtr sobre rodas
Fonte: Military Today www.military-today.com ,