VIATURA BLINDADA DE COMBATE TAM 2C
1º Sgt GALLARDO – CIBLD
O Tanque Médio Argentino(TAM) é um carro de combate do Exército Argentino que foi fabricado pela empresa Tanque Argentino Mediano Sociedad del Estado nas décadas de 1970 e 1980. A partir do modelo principal, surgiram diferentes variantes e modernizações. Nesse artigo vamos falar da Terceira Modernização.
Em dezembro de 2010, a Argentina assinou um convênio com o Ministério da Defesa Israelense, e em 2015, o governo de Israel firmou um contrato com as empresas Elbit, Israel Military Industries e Tadiran, para a modernização do TAM, desenvolvendo-se as versões 2C e posteriormente a IP. Foi acordada a modernização de 74 unidades. Até agosto de 2017, apenas 03 estão prontas.
Em 23 de abril de 2013, por ocasião da celebração do dia da Arma de Cavalaria, foi entregue o primeiro protótipo denominado TAM 2C.
Os trabalhos realizados compreendem as seguintes modificações:
1) Modernização total da torre, conservando apenas os componentes mecânicos e estruturais básicos. Foi instalada uma estação meteorológica, um periscópio COAPS para o comandante do CC, um novo aparelho de pontaria para o atirador, um sistema de detecção laser e uma camisa térmica para o canhão .
2) A estação meteorológica automática foi instalada para melhorar os cálculos balísticos. Ela consegue aferir a velocidade do vento e a temperatura ambiente.
3) O novo periscópio(COAPS) do comandante do carro é estabilizado e independente do periscópio do atirador, possui, além da visão diurna, canal termal e telemetria laser. A visualização é feita através de tela LCD (liquid crystal display).
4) O atirador recebe um novo periscópio com visão termal e telemetria laser. A visualização é feita através de tela LCD.
5) Foi incorporado no TAM 2C um sistema de detecção laser, que indica a presença de ameaças inimigas, para que, após essa identificação, a guarnição execute um ataque ou uma manobra evasiva, conforme as características do inimigo. O sistema indica a direção e o ângulo de elevação da ameaça e a guarnição do CC recebe um aviso visual através de uma lâmpada vermelha que começa a piscar.
6) O computador de tiro analógico foi substituído por um digital Honeywell. Com isso, o TAM 2C tem a capacidade de lançar o míssil LAHAT(Laser Homine Attack) que pode chegar a 8000m de alcance.
7) O sistema de intercomunicação foi substituído, e se incorporou um sistema digital de comunicações com rádio com salto de frequência criptografado e transmissão de dados em banda larga(inclusive vídeo) o Sistema de Gerenciamento de Campo de Batalha da um panorama exato da situação, exibindo em telas LCD tanto para o atirador quanto para o comandante.
8) A mudança do sistema de giro da torre passa de hidráulico para elétrico, o qual permitiu um aumento da velocidade de giro.
9) A estabilização foi substituída, otimizando assim a velocidade de busca e aquisição de alvos, essenciais para a sobrevivência em combate.
10) Um sistema para auxiliar no carregamento do canhão foi instalado. Esse sistema corta momentaneamente a estabilização do canhão para que o auxiliar do atirador carregue a munição, enquanto o aparelho de pontaria mantêm-se estabilizado e fixo no alvo. Uma vez carregado o canhão, ele se alinha novamente com o aparelho de pontaria e estabiliza-se. Com esse sistema, pode-se disparar 3 vezes mais tiros do que o sistema presente nas versões anteriores do TAM.
11) No chassi, uma unidade de potência auxiliar (UPA) externa foi instalada para permitir a operação da torre estando o CC com seu motor desligado. É um equipamento ideal para operações de vigilância tendo em vista o baixo nível de ruído e baixa assinatura térmica.
12) Para melhorar a condução do TAM 2C, foi instalada uma máscara térmica para o motorista, que permite a condução em ambientes noturnos e diurno, com neve ou fumaça.
13) A adoção de saias laterais diminuem sensivelmente o efeito “cometa” produzido pela poeira oriunda do movimento dos trens de rolamento durante a condução através campo.
14) Para fins de proteção da guarnição, foi instalado um sistema de detecção e supressão de incêndio no compartimento de combate. As outras versões possuem apenas esse sistema no compartimento do motor.
Exportações:
Apesar de ser um modelo de baixo custo, até a presente data não se concretizou nenhuma exportação do TAM 2C, devido ao desenvolvimento ter sido realizado sob o uso específico do chassi e partes derivadas do Marder alemão, razão pela qual sempre se vetou a venda a outras nações. Na América Latina, países como Equador, Peru e Panamá realizaram solicitações concretas pelo TAM 2C.
Características:
Tipo |
Carro de combate |
País de origem |
Argentina |
História de serviço |
|
Em serviço |
2013 até presente |
Operadores |
Exército Argentino |
Especificações |
|
Peso |
31 Toneladas |
Comprimento |
6,7 metros |
Largura |
3,25 metros |
Altura |
2,42 metros |
Guarnição |
4 militares |
Armamento principal |
Canhão FM K.4 modelo 1L 105mm |
Armamento secundário |
Metralhadora FN Mag 7,62mm |
Motor |
MTU-MB 833 Ka-500, 6 Cilindros 720 CV |
Relação potência /peso |
28 CV/Kg |
Velocidade máxima |
75km/h |
Capacidade de combustível |
680 litros |
Autonomia |
590 km |
Trens de rolamento |
Lagartas com 6 rodas de apoio de cada lado |
Suspensão |
Barra de torção |
VIATURA BLINDADA DE COMBATE ARIETE
1º Sgt PATRIC – CIBLD
A VBC CC Ariete
O Ariete é o principal carro de combate (CC) do Exército Italiano. O projeto começou a ser concebido em 1984 pelas empresas italianas Iveco Fiat e Oto Melara. A Iveco Fiat ficou responsável pelo chassi e motor, e a empresa Oto Melara pela torre e armamento. Entre os anos 1995 e 2002, aproximadamente 200 unidades foram entregues ao Exército Italiano.
O Sistema de Controle de Tiro (SCT) do Ariete é o TURMS FCS da Galileo Avionica, o qual inclui um periscópio panorâmico estabilizado para o comandante e outro para o atirador com visão termal e telemetria laser. Além disso, o SCT conta com um computador de tiro que, juntamente com o sistema eletro-hidráulico, confere ao carro de combate a estabilidade do sistema de armas, podendo, assim, engajar alvos em movimento.
Com aproximadamente 54 toneladas, o Ariete possui um motor turbodiesel Fiat Iveco de 12 cilindros, que gera aproximadamente 1300HP, e um sistema de transmissão automática, licenciado pela empresa alemã ZF, com 4 marchas à frente. O CC chega a alcançar velocidade de 65km/h e uma autonomia de 550 km.
O armamento principal do Ariete é o canhão Rheinmetal L44, 120mm alma lisa, fabricado sob licença pela Oto Melara, equipado com extrator de fumaça, camisa térmica e colimador de campo. O canhão é estabilizado nos dois eixos e pode disparar quase todos os tipos de munições, incluindo APFSDS e HEAT. O carro de combate transporta 42 cartuchos de munição 120mm, sendo 15 acondicionados na torre e os outros 27 no chassi.
Já armamento secundário é composto por duas metralhadoras BERETTA MG 42/59 de 7,62 mm, (uma coaxial e outra antiaérea). Além disso, em cada lado da torre estão montados 04 lançadores de granadas. Esses lançadores podem disparar uma grande variedade de munições, tais como: granadas de fumaça, cargas antimotim, granadas de lacrimogênio, munições perfurantes e também munições de defesa contra mísseis.
Para fins de proteção, o Ariete possui um sistema de alerta laser capaz de detectar emissões laser no plano horizontal em 360º, e ainda determinar a natureza do ataque, seja proveniente de outro CC, canhões, mísseis, e outros. Além disso, o carro o possui uma blindagem composta, com a parte frontal da torre bastante inclinada para dispersar a trajetória de possíveis projéteis. Suas laterais, tal como o Leopard 2, são retas e verticais sem ângulos de dispersão.
Em 2000, o Exército Italiano estava interessado em desenvolver uma nova versão do Ariete (chamada Ariete 2 ou Ariete MK2), a qual entraria em serviço dentro de alguns anos com a produção de 300 unidades. Limitações orçamentárias reduziram esse número para 200 e logo depois causaram o cancelamento do programa da nova versão. As principais melhorias a serem empregadas no Ariete 2 seriam um conjunto adicional de blindagem, aprimoramento do motor, um novo sistema de alerta laser, giro elétrico da torre em substituição ao hidráulico, além de um novo computador balístico e um sistema de gerenciamento de campo de batalha.
De fabricação 100% nacional, o Ariete possui sua guarnição composta por 04 militares e teve seu batismo de fogo em 2004, quando a 132ª Brigada Blindada “Ariete” empregou o CC em missão de paz no Iraque. Para essa missão, o Ariete recebeu blindagem do tipo espaçada, a fim de proteger-se de armas anticarro como o Rocket Propelled Grenade(RPG).
Características
Tipo |
Carro de combate |
País de origem |
Itália |
História de serviço |
|
Em serviço |
1995 até presente |
Operadores |
Exército Italiano |
Especificações |
|
Peso |
54 Toneladas |
Comprimento |
9,6 metros |
Largura |
3,6 metros |
Altura |
2,5 metros |
Guarnição |
4 militares |
Armamento principal |
Canhão 120mm L44 |
Armamento secundário |
2 Metralhadoras MG 7,62mm |
Motor |
IVECO V12 MTC de 1300hp |
Velocidade máxima |
65km/h |
Capacidade de combustível |
1100 litros |
Autonomia |
550 km |
VIATURA BLINDADA DE COMBATE ARJUN
1º Sgt PATRIC – CIBLD
O Arjun é o blindado indiano de 3ª geração, desenvolvido pela empresa estatal Defence Research and Development Organisation, com apoio da empresa alemã KMW. O projeto, idealizado em 1974, entrou em produção nos anos 2000, quando as primeiras unidades foram entregues ao Exército Indiano.
Entre os anos 2004 e 2011, haviam sido entregues aproximadamente 124 carros de combate(CC) aos regimentos indianos. Em 2010, mais 100 unidades da versão MK I e 118 da MKII foram encomendadas.
O Arjun, apesar de ser um projeto nacional, depende de tecnologia e equipamentos estrangeiros. A fabricante do Leopard 2A4, Krauss Maffei, forneceu assistência técnica e aproximadamente 30% dos componentes do carro, como motor, transmissão, canhão e sistema de lagartas.
O CC possui um sistema de controle de tiro computadorizado, sistema de armas totalmente estabilizado, telemetria laser e visão termal, podendo combater alvos em movimento com alta expectativa de impacto. Assim como no Leopard 2A4, o comandante CC possui uma luneta panorâmica estabilizada, que lhe possibilita monitorar seu setor de tiro, combater ou entregar alvos ao atirador.
Além do um sistema de navegação por GPS, o Arjun possui sistema de gerenciamento de campo de batalha que permite o CC visualizar outras unidades no terreno.
Com aproximadamente 58 toneladas, o Arjun possui um motor refrigerado a água de 1400HP, de fabricação alemã, chegando a alcançar velocidade de aproximadamente 72km/h com autonomia de 450 km. O CC possui, ainda, uma suspensão hidropneumática. Isso, combinado com o sistema de estabilização e controle de tiro, permite que o Arjun, em movimento, tenha uma excelente probabilidade de impacto inicial contra alvos em movimento.
O armamento principal do Arjun é o canhão 120mm BK. O CC tem capacidade total de armazenamento de 39 munições, podendo disparar de 6 a 8 tiros por minuto. O armamento secundário é composto por uma metralhadora coaxial de 7,62 mm e outra metralhadora de 12,7 mm montada na parte superior da torre. Além disso, possui 12 lançadores de granadas fumígenas. O sistema de armas pode ser operado com o carro desligado, em modo silencioso, utilizando uma unidade de enegia auxiliar(APU).
A proteção do CC é constituída por blindagem composta modular envolvida entre duas camadas de blindagem homogênea (Rolled Homogenous Armour - RHA), que podem resistir a disparos de APFDS ou HEAT. Na torre, é possível ainda adicionar blindagem reativa.
A indústria indiana trabalha agora no desenvolvimento de novas tecnologias para a versão MKII do Arjun, com o objetivo de melhorar a capacidade de combate em ambientes urbanos. Para isso, o CC será equipado, dentre outras coisas, com um sistema de alerta laser que pode disparar granadas de fumaça para confundir sensores inimigos e um sistema de camuflagem móvel, que ajuda a diminuir a assinatura térmica do carro e a sensação térmica no interior do mesmo.
O Arjun Mark II possui, ainda, melhorias no canhão, para maior penetração e utilização de outros tipos de munição e até mísseis com precisão de até 2 km. A versão recebe ainda uma estação remotamente controlada com uma metralhadora 12,7mm. A proteção blindada da torre ganha módulos de blindagem reativa explosiva. Um avançado sistema de navegação terrestre e uma luneta panorâmica com visão termal para o comandante também estão presentes nas atualizações do CC.
Além de maior poder de fogo e melhor proteção blindada, o MK II possui alta mobilidade para atuar nas condições adversas do deserto.
A Índia segue investindo na indústria de defesa nacional. Em 2017, foram gastos 63,9 bilhões de dólares, um aumento de 5,5% em comparação com 2016. Além disso, segundo levantamento feito pelo site Global Firepower, que anualmente apresenta um ranking do poderio militar de alguns países, neste ano a Índia está em 4º lugar entre os 136 países elencados, ficando atrás de Estados Unidos, Rússia e China.
Características:
Tipo |
Carro de combate |
País de origem |
Índia |
História de serviço |
|
Em serviço |
1974(inicio do projeto) até presente |
Operadores |
Exército Indiano |
Especificações |
|
Peso |
58 Toneladas |
Comprimento |
10,6 metros |
Largura |
3,86 metros |
Altura |
2,32 metros |
Guarnição |
4 militares |
Armamento principal |
Canhão BK de 120mm |
Armamento secundário |
1 Metralhadora MG 7,62mm 1 Metralhadora MG 12,7mm |
Motor |
MTU 838 Ka501 10 cilindros |
Velocidade máxima |
72km/h |
Capacidade de combustível |
1610 litros |
Autonomia |
450 km |
Fontes:
https://www.militarypedia.it/c1-ariete-mbt/
http://www.planobrazil.com/mbt-brasil-iveco-ariete/
http://www.military-today.com/tanks/ariete.htm
http://www.tanks-encyclopedia.com/modern/Italy/Ariete-MBT.php
Ludeke A. Kampfpanzer:Internationale Entwicklungen ab 190. Stuttgart; 2015. p. 59, 128.
www.armyrecognition.com
www.globalfirepower.com/countries-listing.asp