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A simulação da rede rádio no Simulador Virtual Tático

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A simulação da rede rádio no Simulador Virtual Tático

Figura 1: Sistema de comunicações de campanha
Fonte: Exército Brasileiro

A simulação da rede rádio é uma ferramenta de treinamento que vem sendo empregada pelos exércitos como uma forma de manter as tropas sempre prontas e atualizadas na exploração das comunicações no campo de batalha.

As comunicações são essenciais para a vitória em qualquer batalha. As duas grandes guerras que o mundo presenciou corroboram com essa afirmação, onde, por meio da implementação dos rádios transmissores, as capacidades de C² foram ampliadas.

Nos exercícios de simulação virtual, essa afirmação continua sendo verdadeira, onde as comunicações desempenham um papel fundamental nas funções de combate. Seria tarefa quase impossível comandar uma Força Tarefa (FT) sem ter contato e retorno dos comandantes das frações. Assim, é indispensável a utilização de um software de comunicação por voz nas simulações virtuais táticas, a fim de permitir o contato e a transmissão de ordens no âmbito do escalão simulado.

Atualmente, existem no mercado diversos softwares utilizados para conversa com voz, dentre os quais podemos citar o Discord (Discord), o Mumble (open source), o TeamSpeak 3 (teamspeak communication system), o Hangouts (Google Inc.), e o Skype (Microsoft). Cada um desses aplicativos apresentam recursos e vantagens para diversos tipos de uso. Cabe agora identificar quais são as necessidades para a simulação da rede rádio do Simulador Virtual Tático (SVT).

No CIBld, são desenvolvidos exercícios no Simulador Virtual Tático (SVT) para a atualização das Táticas, Técnicas e Procedimentos (TTP) junto às tropas blindadas e mecanizadas. Para auxiliar nesse processo, o emprego das comunicações é exigido na forma de uma rede rádio simulada.

Para simular a rede rádio de uma FT, deve-se dispor de meios que permitam a configuração das intercoms e a implementação de redes independentes.

A intercom é necessária para a comunicação dos membros de uma guarnição, simulando, assim, a rede interna de uma viatura, e as redes independentes são necessárias para as ligações entre os diversos níveis da FT. Dentre os softwares existentes, há algumas opções que integram as ferramentas necessárias para isso, como é o caso do TeamSpeak3 e do Mumble.

No Centro de Instrução de Blindados, o software escolhido para ser empregado é o TeamSpeak3, que além das ferramentas supracitadas, possui um kit para desenvolvimento de plugins. Com este programa, pode-se criar diversos servidores em um mesmo computador, possibilitando, assim, a operação de diferentes redes rádios concomitantemente, ou seja, pode-se operar e dar suporte a diversas simulações simultaneamente. Além disso, o conjunto de ferramentas nativas desse software permite que se configure uma sala para o SVT de forma simples.

Figura 2: TeamSpeak
Fonte: Seção de Simuladores do CI Bld

Dessa forma, para simular a intercom das viaturas, criam-se canais onde os participantes podem falar livremente uns com os outros. Já para a criação das redes da FT, utiliza-se a função WhisperList do programa, que associada a uma tecla, permite que o participante simule o PTT de um rádio. A WhisperList sobrepõe o canal em que o usuário se encontra, permitindo a comunicação somente com os membros cadastrados nela, isto é, só quem está na WhisperList é capaz de escutar o que o usuário fala enquanto pressiona o “PTT”.

O programa TeamSpeak3 também permite a gravação da conversação rádio de um determinado membro ou de um canal específico, gerando um arquivo de áudio. Esse arquivo é usado como elemento da Análise Pós-Ação (APA) para analisar as interações entre as funções de combate, melhorando a fraseologia e atuando na redução de informações desnecessárias ao combate.

Os softwares que oferecem kit para o desenvolvimento de plugins, como o Mumble e o TeamSpeak3, levam vantagem sobre os outros, uma vez que tais kits permitem a customização e a extensão de suas funcionalidades. No CI Bld, por exemplo, desenvolveu-se um plugin que automatiza a distribuição e a configuração dos clientes, tarefa que, quando realizada manualmente, pode demorar uma jornada de trabalho, dependendo do número de computadores envolvidos na simulação.

Portanto, a escolha de um software adequado mostra-se fundamental para a simulação de uma rede rádio em um SVT, poupando tempo e agregando valores quando feita de maneira acertada.

 

AÇO, BOINA PRETA, BRASIL!

Pedro Procópio de Castro – Cap QEM
Rodrigo Dias Neto – Cap QEM
Instrutores do CI Bld
Carlos Alexandre Geovanini dos Santos – Ten Cel
Comandante do CI Bld
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