A Forja 63
BAE SYSTEMS DESENVOLVE FERRAMENTA PARA AUMENTO DA CONSCIÊNCIA SITUACIONAL
Cap Rigo – CI Bld
A Empresa BAE Systems desenvolveu uma ferramenta que promete aumentar a consciência situacional das guarnições que atuam embarcadas, chamada de BattleView 360.
Figura 1: BattleView 360
O BattleView 360 emprega um avançado monóculo com tecnologia de imagem, provendo aos integrantes da guarnição uma visão externa de 360 graus, em tempo real. Isto é possível devido à instalação de sensores ópticos na viatura. Estes operam em visão normal ou infravermelho, atuando conjuntamente com um dispositivo montado no capacete do militar que sincroniza os movimentos da cabeça com a visão a ser projetada no visor do monóculo, formando uma imagem completa do campo de batalha.
O BattleView 360 pode ser conectado a um monitor portátil para facilitar a visualização de informações, sendo possível incluir telas de mapas interativos e outras características do ambiente do campo de batalha. Além disso, os militares podem compartilhar aquilo que estão vendo com outros membros da guarnição ou com seus comandantes, permitindo uma tomada de decisão mais eficaz.
Com esse equipamento é possível a observação em tempo real do ambiente em que o carro opera, sem a necessidade de exposição desnecessária dos seus integrantes, aumentando significativamente a consciência situacional das guarnições dos blindado se diminuindo a possibilidade de danos ao pessoal pela ação direta do inimigo.
Figura 2: BattleView 360
O BattleView 360 foi desenvolvido e testado inicialmente na plataforma da Viatura Blindada de Combate de Infantaria (VBCI) CV90, obtendo sucesso nos testes e gerando um salto para o futuro em se tratando de consciência situacional no combate terrestre. Uma de suas grandes vantagens é a arquitetura aberta de seu sistema, o que permite a sua integração ao sistema operativo de qualquer viatura.
Como exemplo, o BattleView 360 está sendo testado na VBCI Bradley, do Exército dos Estados Unidos da América e, mais recentemente, integrado com dados recebidos por Aeronaves Remotamente Controladas, reunindo dados recebidos do solo e espaço aéreo.
Figura 3: BattleView 360
Fonte: http://www.baesystems.com/en-us/feature/cuttingedge-technology-so-soldiers-can-see-throughvehicles(Acesso em 30 ago 16).
Projeto Interdisciplinar apresentado por término de curso no CI Bld, pelo aluno: VINICÍCIUS SOARES FERREIRA, 1º Ten.
Uma viatura capaz de suprir as necessidades de munição de um obuseiro autopropulsado blindado é uma busca constante.
A necessidade de acompanhá-lo em velocidade, autonomia e mobilidade, além de fornecer o mesmo nível de proteção blindada aos militares que estão realizando os trabalhos de remuniciamento, levou ao início de projetos de remuniciadoras blindadas, em sua maioria montadas sobre o mesmo chassi dos obuseiros que irão suprir.
A Ammunition Re-supply Vehicle (ARV) K-10 é a primeira remuniciadora do mundo totalmente automatizada, produzida pela empresa Samsung Techwin.
Adotada pela Coréia do Sul, é empregada nas Baterias de Obuses que utilizam o obuseiro 155mm K-9 Thunder, na proporção de uma viatura remuniciadora para cada dois obuseiros. O projeto da ARV K-10 foi idealizado juntamente com o projeto do K-9 Thunder por volta dos anos 90, porém só foi concretizado em 2005.
Figura 4: ARV K-10
Características técnicas:
- Peso: 47.000 Kg
- Serventes: 03
- Capacidade: 104 granadas 155 mm
- Acessórios:
- Equipamento de Visão noturna e proteção QBN
- Blindagem: contra minas antipessoal e armas de calibre de até 14,5 mm
- Motor: MTU MT 881 Ka-500
– 8 cilindros
– 1.000HP
- Armamento: Mtr 7,62 mm
- Autonomia: 360 Km
- Velocidade Máxima: 62 Km/h
- Dimensões: 3,56mX3,40mX8,43m
Funcionamento: A K-10 possui um transportador extensível à frente que pode ser operado através de controle remoto, em cujo interior encontra-se uma esteira utilizada para a passagem da munição. Para dar início ao remuniciamento, a viatura aproxima-se pela retaguarda do obuseiro e estende o transportador até a porta de remuniciamento.
Figura 5: K-10
Feito isso, a munição é repassada à viatura obuseiro K-9 pela esteira, sem qualquer intervenção manual, através de sistema hidráulico em uma velocidade de 12 granadas por minuto. Por este sistema, o operador pode selecionar o tipo de granada, de carga de projeção e a quantidade que deseja transferir para o obuseiro. O recebimento da munição pelo K-9 Thunder também é automatizado, o que agiliza o processo.
Figura 6: K-10
Como alternativa em caso de emergência, o K- 10 possui portas de acesso traseiras para carregamento ou descarregamento manual.
Fonte: Tai Military and Asian Region. https://thaimilitaryandasianregion.wordpress.com e http://www.armyrecognition.com/south_korea_kor (Acesso em: 19 set 2016).
MODERNIZAÇÃO DO CASCAVEL
Sgt José Lino - CI Bld
A Equitron, sediada em São Carlos - SP, atua na construção de linhas de montagens para a indústria em geral, principalmente a automobilística.
A empresa é responsável pelo projeto de modernização de uma VBR Cascavel, que abrange a carcaça e a torre de forma geral, além de todos os sistemas da viatura.
Figura 7: VBR Cascavel
As modernizações incluem atualizações na carcaça, no trem de força, na torre, no bumerangue e na caixa de reversão e transferência.
A retaguarda da torre foi aumentada, recebendo um novo compartimento para o sistema de movimentação hidráulico da torre e do canhão. O sistema de giro eletro-hidráulico da torre e elevação do canhão com a possibilidade de três velocidades de movimento está sincronizado com o sistema de pontaria, o que permite a movimentação automática do canhão por ocasião da inserção de distâncias.
Figura 8: VBR Cascavel
O compartimento do motorista apresenta, entre outras, as seguintes inovações: direção regulável; seleção de marchas por botões; tacógrafo; display com visão diurna e noturna 360 graus (infravermelho); e opção de câmeras. A torre foi elevada, trazendo maior segurança para a guarnição.
Figura 9: Compartimento do motorista
Possibilidades para o Cmt VBR: observar por câmeras em 360 graus; controlar a inclinação lateral, rampa máxima e mínima, posição do canhão em relação a torre e inclinação do canhão em relação ao horizonte; navegar no manual técnico do carro; monitorar a carga de baterias do sistema de giro hidráulico e dos optrônicos; monitorar a temperatura do motor hidráulico e o controle de horas de sua utilização.
Figura 10: Posto do comandante
Possibilidades para o atirador: observar e monitorar com imagem diurna ou termal; realizar a pontaria e engajamento pela imagem diurna ou termal; monitorar o nível de bateria do sistema de potência do giro da torre e navegar em manual técnico do carro.
Figura 12: VBR Cascavel
Fonte: relatório apresentado pelo Cap Zago (instrutor do CI Bld), a respeito da Modernização do Cascavel realizada pela Equitron Defense.