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A Forja 61

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TROPHY (APS) SISTEMA DE PROTEÇÃO ATIVO
Maj Mauro – CI Bld
Figura 1:
NAMER HIFV(Heavy Infantry Fighting Vehicle)

             Quase uma década depois do planejado, Israel começou os testes operacionais do sistema de proteção ativo TROPHY Active Protection System (APS).
             O Ministério da Defesa israelense anunciou que concluiu a integração do sistema na Viatura Blindada NAMER, uma VBCFuz pesada baseada no chassi da VBCCC Merkava 4.
             No final dos testes, a intenção é começar a instalação em série em todos os veículos que deixarem a linha de produção, a fim de que todos os NAMER sejam equipados com o sistema. O TROPHY fornecerá para as IDF (Israel Defence Forces) o mais alto nível de proteção e concederá uma vantagem significativa no campo de batalha. A demanda por um sistema de proteção desse tipo surgiu pela indefinição do ministério de defesa Israelense de optar entre os sistemas que estavam concorrendo, pelo sistema que mais se adequasse as necessidades existentes das forças blindadas.
             A falta de definição sobre o sistema a se utilizar acarretou na proteção inadequada dos combatentes de infantaria israelenses e operadores do NAMER, o que resultou em vários relatórios emitidos pela controladoria – geral de Israel discorrendo sobre as vidas de fuzileiros que poderiam ter sido salvas caso o NAMER fosse equipado com um sistema de proteção ativo eficiente.
             O TROPHY é projetado para neutralizar todos os tipos de ameaça disparados, desde RPG, munição alto explosiva, tandem e até mísseis guiados AC. Fornecendo proteção em 360º inclusive contra disparos simultâneos, mantendo uma zona segura pré-determinada para a tropa amiga desembarcada.
             A estréia do sistema ocorreu em 2011 na fronteira de Gaza, quando um MERKAVA 4 equipado com um sistema TROPHY interceptou e destruiu um RPG – 29 que havia sido disparado contra a viatura, sem qualquer dano para a VBCCC ou para a guarnição. Outra interceptação de sucesso ocorreu em agosto de 2012, quando um míssil anti carro disparou contra um Mk4 perto de um ponto de passagem.

Figura 2: Demonstração do sistema contra um RPG 29

Figura 3: Teste operacional do sistema contra RPG 7

             No verão de 2014, durante a guerra de gaza, o sistema foi se consolidando como um sistema confiável e efetivo em dezenas de eventos, protegeu com eficácia viaturas e guarnições ao longo de três semanas de combate de alta intensidade em ambiente urbano, sem sofrer um único tiro e sem emitir um único alarme falso.
             A eficácia além do esperado do sistema rendeu elogios de todos os lados, principalmente depois de neutralizar um míssil anti AC Kornet que engajou um MERKAVA à uma distância de 3,5 Km. “Compreendemos que o blindado foi engajado, porém por causa do TROPHY a ameaça foi neutralizada, foi tudo automático.” disseram as autoridades militares israelenses.
             O nível de proteção alcançado pelos blindados equipados com o sistema, aliados com o poder de fogo elevaram significativamente o moral das guarnições, pois o poder de fogo e a proteção potencializada fazem com que as guarnições valendo-se do seu adestramento e disciplina tenham plena confiança no material e se sintam seguros para ir a qualquer lugar.
             O sistema se adapta a qualquer tipo de cenário, superando expectativas e aumentando a capacidade de manobra da Infantaria, se consolidando como o estado-da-arte em sistemas de proteção ativa; Sendo referenciado como o Iron Dome (Escudo de Ferro) da Infantaria Blindada Israelense por ser extremamente eficaz interceptando foguetes e mísseis de curto alcance.
             O sistema é caro, o que impossibilita a instalação em todos os carros, priorizando aquelas unidades que estarão atuando em 1º escalão. Porém no futuro, a aspiração do IDF é que mediante atualizações e melhoramentos, um sistema APS possa ser capaz de defender múltiplas plataformas, tornando possível a proteção de um Batalhão inteiro ou até mesmo uma Brigada. É uma aspiração, claro, porém sabe-se que a próxima geração de sistemas de proteção ativa deverá fornecer uma cobertura de proteção muito mais ampla. Se esse caminho for seguido, mesmo o sistema se tornando mais caro, não haverá necessidade de equipar todas as viaturas blindadas com ele, um número reduzido de sistemas fornecerá a proteção para todas as plataformas no terreno.

 

CIBLD REALIZA CAPACITAÇÃO DOS INSTRUTORES E MONITORES NO REPARO DE METRALHADORA AUTOMATIZADO X (REMAX)
Cap Rigo – CI Bld
Figura 4: VBTP GUARANI EQUIPADA COM REMAX EM DESLOCAMENTO

            Durante o mês de março, foi realizado no Centro de Instrução de Blindados, a capacitação dos instrutores e monitores na operação do REMAX.
            O treinamento foi dividido em dois módulos, sendo um teórico em sala de aula composto de 40 horas onde foram ministradas instruções sobre a técnica de tiro das metralhadoras, teoria de tiro, efeitos das munições, apresentação e operação do REMAX, entre outras.
            A parte prática foi ministrada no Campo de Instrução Barão do São Borja, onde foram realizados exercícios de tiro com as Metralhadoras.
Figura 5: VBTP EM POSIÇÃO DE ESPERA

            Na jornada em campanha foi realizada a prática da conversão do reparo da metralhadora MAG (7,62 mm) para a metralhadora pesada .50, a colimação, operação que consiste em alinhar o cano da metralhadora e os optrônicos do reparo utilizando o colimador digital (Boresight), e correção em zero que tem o objetivo de ajustar todo o sistema e possíveis erros quanto aos efeitos da munição, cano, salto, etc...
Figura 6: REPARO EQUIPADO COM BORESIGTH

            O Remax se mostrou satisfatório nos exercícios de tiro propostos. Foram realizados tiros a distâncias que variavam de 500 à 1000 metros, com o alvo parado e alvo em movimento, viatura parada realizando busca de alvos e acompanhamento com ângulo de ataque*, viatura realizando busca de alvos em movimento à frente e à retaguarda.
            A acurácia do Remax foi testada com o reparo estabilizado e sem estabilização, onde se constatou um excelente rendimento do sistema.
            * O acompanhamento com ângulo de ataque é utilizado para disparar em um alvo móvel a partir de uma posição estática onde o fator “velocidade do alvo” é acrescentado ao cálculo balístico feito pelo sistema. O REMAX deve produzir um ângulo de compensação para compensar a velocidade do alvo.
            Performance do sistema durante a capacitação:


            

A CAPACIDADE DE TRANSPORTE DE TROPA DAS VBCFuz EMPREGADAS NA ATUALIDADE
2º Sgt Pinheiro – CI Bld

            As pcp VBCFuz em operação no mundo possuem diferentes capacidades de transporte de pessoal, essa característica influencia diretamente na forma de emprego dos elementos de manobra e impacta diretamente a doutrina das forças blindadas dos países usuários dessas viaturas.
            O emprego das VBCFuz aumenta o poder de combate da fração empregada, atribuindo mais poder de fogo, mobilidade e proteção do que uma VBTP, permitindo que os fuzileiros se desloquem protegidos até os objetivos de primeiro escalão.
            A capacidade de se deslocar lado a lado com as VBCCC possibilita o apoio mútuo entre as viaturas, o que potencializa o emprego das frações, tendo em vista que as VBCFuz protegem o avanço dos CC neutralizando eventuais ameaças no terreno que possam deter ou atrasar o avanço.
            A capacidade de transporte de tropa das VBCFuz varia de acordo com o modelo empregado.
            Vejamos alguns:


                                                  * versões repotencializadas



            A quantidade de fuzileiros embarcada é um fator importante a ser considerado na opção que os exércitos fazem pela adoção de determinada VBCFuz. O fato de ter um Grupo de Combate a 9 (nove) homens, em um veículo protegido , com alta capacidade de manobra em qualquer terreno e em condições de apoiar pelo fogo as operações da tropa desembarcada, se mostra fator preponderante para o sucesso das missões.
            Atualmente o ambiente humanizado é cenário largamente utilizado para o desenrolar de conflitos, com o emprego de armas AC, IED, obstáculos que canalizam o movimento, etc...
            Nesse cenário o emprego do CC fica extremamente limitado e o emprego do fuzileiro é essencial para o desenrolar das ações, que contam com alto grau de descentralização, campos de tiro reduzidos , dificuldade de controle e comunicações, corredores de tiro e alta concentração de população civil o que aumenta o risco de danos colaterais.
            

Fonte: Military – today

 

            


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