A Forja 56
SIMULADORES PARA A VBTP GUARANI
2º Sgt Pinheiro – CI Bld
A empresa brasileira AEL sistemas S/A vem desenvolvendo, em parceria com diversas empresas, instituições de ensino e com o próprio Exército Brasileiro, um sistema completo de simuladores de treinamento para a VBTP-MR 6x6 Guarani.
O sistema abrange todas as necessidades da guarnição do Guarani, desde o treinamento básico ao avançado, incluindo simuladores para os Sistemas de Armas Remotamente Controlados (SARC) UT30BR e REMAX.
O sistema tem o objetivo de apoiar o treinamento das guarnições do Guarani por meio do uso intensivo de sistemas de simulação, buscando acelerar a aprendizagem e diminuir os riscos de danos pessoais e materiais. Além disso, os simuladores propiciam economia de recursos financeiros com treinamentos e proporcionam melhores condições de emprego do material.
Simuladores de Direção
- Melhoria na técnica da operação do veículo
- Operação em modo de emergência
- Diferentes condições climáticas e de terreno
- Capacidade anfíbia
- Direção em área urbana
- Sistema full motion (simulação do movimento da viatura) opcional
Simuladores de Guarnição/Tiro
- Treinamento básico e avançado dos sistemas de armas
- Alvos estáticos, móveis e inteligentes
- Diferentes tipos de munição
- Treinamento noturno/diurno
- Monitores e controles idênticos aos da viatura
Simuladores Anexados
- Treinamento na própria viatura
- Sistema de treinamento portátil
- Ambientação com veículo real
- Sem necessidade de um local específico para treinamento
Simuladores Table Top
- Familiarização básica
-Treinamento tático
- Treinamento com inimigos dinâmicos e realistas
- Sistema simplificado para instalação qualquer OM
EMPRESAS KMW E NEXTER ANUNCIAM UNIÃO
2º Sgt Ubal – CI Bld
A unificação da indústria de defesa da Europa avançou significativamente com o anúncio da união da empresa alemã Krauss-Maffei Wegmann com a empresa francesa Nexter Systems.
As empresas, dois dos principais fabricantes de sistemas de defesa terrestre, consideram esse passo como decisivo na consolidação da tecnologia de defesa na Europa. Os produtos das companhias e suas presenças regionais no mercado global são complementares. A aliança da KMW e da NEXTER cria um grupo com o momento e a força da inovação requerida para sobreviver e prosperar na competição internacional e oferecer ao seus aliados, da Europa e clientes da OTAN, a oportunidade de aumentar a padronização e interoperabilidade de seus equipamentos de defesa, com uma base industrial confiável. Esse alinhamento estratégico torna possível reter empregos e capacidades no coração da União Europeia.
No último dia 1º de julho, os proprietários das empresas francesa e alemã assinaram em Paris um memorando de entendimentos.
A associação KMW e Nexter já era comentada há algum tempo. Entretanto, o principal impedimento vinha sendo o fato da Nexter ser uma companhia estatal francesa, enquanto a KMW é controlada por descendentes dos fundadores.
As duas empresas têm interesse no Brasil. A KMW instalou uma planta industrial em Santa Maria (RS) para prestar apoio logístico aos Carros de Combate Leopard 1 A5 BR.
A Nexter firmou recentemente um acordo estratégico coma empresa Avibras para uma possível oferta ao Exército Brasileiro do sistema Caesar. Os franceses perderam espaço com a chegada tardia de seu MBT, o Leclerc. Como o mercado estava divido entre o M1 Abrams norte-americano e o Leopard alemão, somente os Emirados Árabes Unidos adquiriram o carro francês.
A empresa KMW (formada em 1999 com a fusão da Krauss-Maffei e Wegmann), conseguiu dominar o mercado de carros de combate mundial.
As empresas receberão 50% das ações da nova companhia, e serão as únicas proprietárias. KMW e Nexter esperam que a empresa combinada inicie suas operações no início do próximo ano, para o que faltam apenas aprovações governamentais.
Comunicado Oficial KMW – NEXTER
“A Krauss-Maffei Wegmann (KMW) e a Nexter Systems S/A (Nexter), duas empresas europeias líderes no campo de equipamentos terrestres, planejam associar-se para o caminho à frente.
Neste 1º de julho de 2014, em Paris, os representantes das empresas alemã e francesa assinaram uma “Heads of Agreement”. A aliança dos dois grupos sob um mesmo guarda-chuva em uma joint-venture de tecnologia de defesa francogermânica com um turnover de 2 bilhões de Euros, e um backlog de 6,5 bilhões de Euros e mais de 6 mil empregados.”
Figura 1: Leopard 2A6, da KMW
Figura 2: AMX-56 Leclerc, da Nexter
GENERAL DYNAMICS APRESENTA O SCOUT SV
Major Alisson – CI Bld
Figura 3: Scout SV exposto na Defence Vehicle Dynamics
O protótipo do Scout Specialist Vehicle (Scout SV), primeiro modelo da nova família de veículos blindados de combate que vem sendo desenvolvida pela empresa General Dynamics para o exército britânico, foi exposto pela primeira vez na Defence Vehicle Dynamics, exposição que ocorreu em junho na Inglaterra.
O projeto Sistema de Efeito Futuro Rápido (Future Rapid Effect System – FRES), conduzido pelo ministério da defesa britânico inclui a família de veículos especializados (Specialist Vehicle – SV), da qual o Scout faz parte, e a família de veículos utilitários (Utility Vehicle – UV).
A nova família visa à substituição da família Combat Vehicle Reconnaissance (Tracked), atualmente em serviço no exército britânico. O Scout SV deve entrar em serviço ainda nesta década como parte fundamental do projeto do exército britânico denominado Army 2020.
Segundo a General Dynamics, o Scout SV possui peso de combate de aproximadamente 38 toneladas, com capacidade de atingir 42 toneladas, levando-se em conta todos os requisitos exigidos.
A guarnição do Scout SV é composta por comandante, atirador, motorista.
O veículo possui como principais características: câmeras de consciência situacional em 360°, diurnas e noturnas, com monitores para todos integrantes da guarnição; sistema de blindagem modular; dispositivo de contramedidas eletrônicas (interferidores), incluindo emissão laser e acústica.
O Scout SV está equipado com a estação de armas remotamente pilotada (Remote Weapon Station – RWS) Protector, da empresa Kongsberg. A estação é equipada com uma metralhadora calibre 12,7mm (.50) estabilizada, o que lhe confere capacidade de atirar com o veículo em movimento, além de lançadores de granadas fumígenas.
Toda a família Scout SV usará uma plataforma base comum, baseada na família ASCOD Specialist Vehicle. ASCOD (Austrian-Spanish Cooperative Development) designa uma antiga parceria entre as empresas Steyr-Daimler-Puch e Santa Bárbara Sistemas. Atualmente, ambas são subsidiárias da General Dynamics.
A General Dynamics pretende apresentar em breve os protótipos das outras versões previstas para o bloco 1 do programa Scout SV, que inclui ainda versões de recuperação (engenharia), reparo (oficina) e apoio ao reconhecimento. Essas versões substituirão os blindados FV106 Samson, FV103 Spartan e FV107 Scimitar.
O bloco 2 inclui as versões ambulância, comando e controle, previstas para substituir os FV104 Samaritan e FV105 Sultan, bem como uma versão de reconhecimento de engenharia.
GROUNDEYE, O CAÇADOR DE IED
2º Sgt Ubal – CIBld
A subsidiária no Reino Unido da empresa Raytheon anunciou que está desenvolvendo o que acredita ser o primeiro dispositivo de busca e detecção de dispositivos explosivos improvisados (Improvised Explosive Devices - IED).
O sistema, conhecido como GroundEye, deriva de tecnologias de processamento de imagem já existentes e utilizadas pela empresa no sistema de busca e detecção de IED denominado Soteria.
O novo sistema detecta bombas enterradas por "ver" sob o chão à frente, uma inovação que visa neutralizar a principal ameaça à tropa terrestre.
O sistema Soteria determina a forma, tamanho, orientação e localização de minas e IED, podendo ser aplicado a uma grande variedade de cenários, incluindo o escaneamento de campos minados, que continuam a ser uma ameaça significativa em várias regiões do mundo.
Atualmente, segundo a empresa, não existe tecnologia que permita a um operador humano (ou até mesmo mecânico) escanear áreas subterrâneas e determinar a posição, orientação, tamanho e forma de um IED, tampouco de seus componentes.
Alegando sensibilidade comercial, a Raytheon reluta em divulgar as especificações exatas do sistema GroundEye. Entretanto, pressupõe-se que sistema seja uma continuação do sistema Soteria. Assim, os componentes fundamentais compreenderiam o sensor GroundEye, semelhante em aparência a uma câmera fotográfica profissional; uma fonte de luz, que utiliza tecnologia de imagens a laser para iluminar a área de interesse de até 2m de largura por 1m de comprimento; uma fonte acústica, um monitor e uma fonte de energia.
O sistema permite ao operador tomar decisões operacionais chave, como marcar/evitar, desarmar/remover ou destruir sem quebrar o chão ou utilizar qualquer outra técnica invasiva.
As imagens do IED podem ser visualizadas em um display móvel, como por exemplo um smartphone, bem como ser armazenadas para análise posterior.
Em operações desembarcadas, emprega-se o GrounEye instalado em uma maleta e alimentado por uma bateria de polímero de lítio, o que confere ao sistema autonomia de cerca de quatro horas de uso contínuo. Montado sobre uma plataforma veicular, como por exemplo um veículo terrestre remotamente pilotado (Unmanned Ground Vehicle - UGV), o GroundEye é alimentado pelo próprio veículo, e pode ser integrado ao sistema de comunicação, a fim de transmitir imagens para o operador.
De acordo com a Raytheon, a sua capacidade de detecção inclui todas as placas de pressão improvisadas atuais, baterias e cargas principais.
Fonte: www.ael.com.br, www.defesanet.com.br e www.janes.com