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Novas Tecnologias de Contramedidas aos Dispositivos Explosivos Improvisados Remotamente Controlados

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Novas Tecnologias de Contramedidas aos Dispositivos Explosivos Improvisados Remotamente Controlados

 

Figura 1: Veículo equipado com o bloqueador de sinal STAR V 740
Fonte: AT Communication
 

Dispositivos explosivos improvisados (IED) são as novas armas usadas pelos insurgentes que causaram massivos danos a militares e civis nos atuais cenários de operações.

Dentre os tipos de dispositivos, há os que podem ser acionados através de um controle remoto, por um operador a uma distância segura. Esses artefatos explosivos remotamente controlados (RC-IED) podem ser feitos usando sistemas complexos com radiofrequência ou com objetos mais simples, como relógios, celulares entre outros.

O alto uso de IED foi testemunhado em guerras recentes no Iraque e no Afeganistão, onde insurgentes usaram explosivos improvisados para destruir bases militares, perturbar os sistemas de comunicação causando, em muitos casos, confusão entre os militares quanto à origem do ataque.

Os IED são ameaças que precisam ser combatidas. Eles são a principal causa de fatalidades nos conflitos atuais que, em sua maioria, são operações de contrainsurgência onde o inimigo é quase invisível, geralmente indiscriminado e sempre perigoso.

Nesse contexto, a demanda por viaturas blindadas capazes de suportar ataques de IED é cada vez mais alta. O uso de viaturas blindadas foi a primeira contramedida empregada pelas forças militares, tendo como objetivo mitigar os efeitos causados pela explosão, essas viaturas são conhecidas como MRAP vehicles e que tem como característica o assoalho em formato “V”.

A medida que as operações foram se alongando no tempo, deu-se crucial importância ao desenvolvimento de novas tecnologias e treinamento das capacidades e medidas contra-IED. Foram desenvolvidos métodos e técnicas de detecção e neutralização, bem como a identificação das redes de ameaças presentes no espectro eletromagnético.

Sistemas terrestres modernos são progressivamente mais dependentes de sistemas de informação que compreendem as áreas de comunicações e informações, redes e sensores. Como resultado dessas tecnologias, houve uma mudança significativa na natureza do campo de batalha, em que o emprego das frações necessita de um maior planejamento da operação, avaliando os impactos causados por essas novas variáveis no combate.

Dada tal necessidade, foram criados diversos dispositivos para auxiliar as forças militares em terrenos em que o inimigo domina o emprego de RC-IED, dentre eles destacam-se os Sistemas de Guerra Eletrônica (CREW) e os Bloqueadores de Sinais da família STAR.

 

Figura 2: Esquematização de funcionamento do Sistema CREW
Fonte: SRC Inc.
 

Estes equipamentos podem ser montados em veículos ou serem portáteis. O funcionamento é automático nos sistemas veiculares, onde o operador é treinado para interpretar os alertas e os dados do equipamento, e informar de imediato a possível ameaça às demais viaturas e à equipe de neutralização de explosivos, o local do incidente e a posição aproximada do inimigo que é obtida pelo rastreio da onda eletromagnética.

Esses dispositivos são compostos de antenas que interrompem o link de comunicação entre o receptor de sinal do IED e o controle remoto, podendo ser multidirecionais ou omnidirecionais e ter características e capacidades individuais. Os Hardwares incluem o jammer, que é um bloqueador de sinal, e seus componentes, que fornecem a ligação dos sistemas para interromper o elo de comunicação de um RC-IED. Os softwares instalados permitem modificações e atualizações para o hardware, dando oportunidade ao sistema de melhorar sua capacidade de combater a comunicação do RC-IED em relação ao alcance e à frequência.

 

Figura 3: Militar utilizando jammer portátil
 

A mitigação bem-sucedida dos artefatos explosivos remotamente controlados protege a tropa blindada, neutralizando esse tipo de ação dos insurgentes, aumentando a mobilidade em conflitos assimétricos. Esse resultado é obtido através de pesquisas e investimentos em tecnologia avançada, aliados ao treinamento de pessoal especializado.

AÇO, BOINA PRETA, BRASIL!

Rafael Bernardes Pedroso - 1º Ten
Instrutor do CI Bld
Carlos Alexandre Geovanini dos Santos - Ten Cel
Comandante do CI Bld
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